Chef à frente do contemporâneo Laguiole recomenda os melhores petiscos do Rio
Do dicionário: iguaria deliciosa, feita com apuro.
Do bom carioquês: porção generosa
carregada de tradição e cheia de sabor (e calorias!). São eles que sustentam a
fama de diversos botequins, instituições cariocas quando o assunto é
gastronomia e copo cheio, seja em receitas clássicas ou inovações
contemporâneas. Para o chef revelação de 2015 Elia Schramm, talento que comanda
a cozinha do Laguiole, os petiscos “traduzem nosso espírito descontraído”.
Reconhecido por suas releituras de técnicas clássicas francesas, ele reverencia
os patrimônios gastronômicos da cidade indicando seu roteiro de lugares para
petiscar no Rio e dispara: “a melhor comida de boteco hoje em dia está, sem
dúvida, na Tijuca”.
Clássicos
são clássicos. Da Praça da Bandeira para o mundo, a receita de Kátia Barbosa,
do Aconchego Carioca, conquistou lugar em 10 em cada 10 guias sobre onde comer
no Rio de Janeiro. E com mérito. Em um bolinho sequinho por fora e macio
por dentro, recheado com couve e bacon, ela conseguiu resumir nossa farta e
tradicional feijoada em versão petisco. A porção (R$ 28, 80 - 4 unidades)
vem com torresmo e batidinha de limão. Atendendo a pedidos, em 2015,
a casa abriu sua primeira filial na Zona Sul, no Leblon.
Tamanho
é o sucesso do Aconchego Carioca, que o tempo na fila do lado de fora cresceu
proporcionalmente. Papo de duas horas para conseguir uma mesa no restaurante.
Mas “seus problemas acabaram” com a chegada do Bar da Frente, que de ponto de
espera virou atração por si só. A dica é o Porquinho de Quimono (R$26 - 6 unidades), vencedor do
concurso Comida di Buteco 2014. “É um harumaki recheado com costelinha suína
defumada e molho agridoce de comer de joelhos”, explica Elia.
No
Rio, botequim que se prese tem imagem de São Jorge, samba e uma cozinha de
primeira servindo clássicos da gastronomia brasileira. Assim tem que ser para
ser carioca e Da Gema, como é chamado o estabelecimento comandado por Leandro
Amaral e Luiza Souza, na Tijuca. Entre coxinhas, pasteis e outras delícias, o
destaque para o chef é a polentinha frita com rabada: 12 quadradinhos
de angu fritos coroados com carne saborosa (R$18).
Com
endereços no Centro e Leblon, do forno do restaurante especializado em carnes –
e que carnes! -, saem os canudos crocantes de polvilho e queijo grana padano (9
unidades – R$28). Parece pão de queijo, mas não é. “Acompanhado com a
linguicinha na brasa fica ainda melhor”, ele dá a dica para deixar a receita da
mãe do maitre Didi, com anos de casa, ainda mais deliciosa.
Horário:
Dom 12:00 às 23:00, Seg 12:00 às 16:00, Seg 19:00 às 00:00, Ter 12:00 às 16:00, Ter 19:00 às 00:00, Qua 12:00 às 16:00, Qua 19:00 às 00:00, Qui 12:00 às 16:00, Qui 19:00 às 00:00, Sex 12:00 às 01:00, Sab 12:00 às 01:00
“Quem
me apresentou foi o Marcelo Torres, restaurateur à frente de
alguns dos melhores restaurantes da cidade”, conta o chef sobre como descobriu
uma das iguarias e um dos endereços mais clássicos de Copacabana. Dá pra comer
em pé no balcão ou levar pra casa a empada que, claro, vem com uma azeitona
preta com caroço dentro – tem até placa na parede do bar para alertar os
desavisados.